Contos Perdidos de Mórien não foi algo criado, mas sim que martelou em minha mente incessantemente durante dias tentando sair para uma forma física. E tudo isto começou ao fim da leitura de um simples livro, que de longe remete um pouco a temática de CPdM. O livro em questão é Azincourt, de Bernard Cornwell uma dos melhores romancistas ingleses e o que melhor desenvolve o gênero de romance histórico voltado para guerras e afins.
A leitura despertou dezenas de cenas que variavam desde pequenos confrontos até mesmo batalhas épicas com exércitos de milhares de soldados marchando lado a lado prontos para tingirem o chão com um tom escarlate. Foram dias e dias pensando naquilo, sendo que a cada vez mais as coisas se tornavam mais consistentes.
Até que numa tarde de outubro, chuvosa e solitária, que veio a fagulha e com isso a idéia explodiu para fora de minha mente e começou a tomar forma velozmente em um documento do Word.
Em poucas horas uma história que se formou e a assim nascia o primeiro capítulo “Do Arado a Espada”, que foi escrito sem pretensão alguma como um conto avulso, sem planos de uma continuação. Mas ao fim daquelas linhas a semente já estava florescendo e tomando vigor. Assim veio o segundo capítulo, uma idéia de como continuar a história por mais tempo e dar a ela uma trama/desenvolvimento interessante. Sendo influenciada por obras de literatura fantástica como Eragon, Senhor dos Anéis, Dragões de Éter assim como por contos de mitologias variadas e devaneios que somente uma mente em franca expansão poderia ter. Ainda não era uma trilogia e nem tinha vários dos elementos que hoje se encontram nela ou que virão a aparecer nas próximas páginas. Não havia nome e sequer era conhecido por mais do que meia dúzia de pessoas.
Foi escrito então o terceiro capítulo, as coisas começaram a se tornar mais palpáveis. A história estava cativante, ainda é cativante na verdade, e os posts regulares dos capítulos no blog apenas alavancavam mais e mais CPdM. Nesta mesma época conheci pessoas que se tornaram amigos queridos e grandes parceiros e incentivadores da minha idéia. Dentre essas pessoas destacam-se minha querida irmãzona Patrícia Rodrigues e a Scheila Flores, do Guardiã da Meia Noite, Danilo Barbosa do Literatura de Cabeça e, a nova senhorita Fernandes, Rê Mallmann do Guria que lê além dos amigos e escritores Rafael Sales, This Salvatore e Thiago Ururahy. E nosso recém graduado Fabiano Santos, que adorava vilões e tem Theodore em grande estima. Sem a ajuda, incentivo, elogios e principalmente críticas que recebi de cada um deles jamais teria alcançado o que hoje tenho.
Assim surgiu a história e logo tomou forma. Um jovem que viu sua vida mudar; que começou a viver todas as lendas que ouvia quando criança; um sonhador que viu seus sonhos tornarem-se realidade e tão próximos a ponto de tocar-lhes com os dedos. Às vezes me considero como ele, alguém que imaginava que seus sonhos e heróis estavam em um mundo intocado e distante.
Mas hoje o sonho é uma realidade e logo a primeira parte dela será dividida com dezenas, talvez centenas, de leitores. Nunca imaginei que pudesse vir a ser publicada ou que as pessoas pudessem gostar dela. Mas desde o ínicio escrevi de modo a deixar cada parágrafo único e profundo. Espero que ao embarcarem nesta jornada se encantem pelos domínios de Mórien e das terras próximas.